é isso. desde há dois meses para cá que tenho vindo a acumular um cansaço enorme e acho que cheguei a um limite qualquer do qual não tenho conseguido sair. ando irritadiça, stressada e sem vontade para nada...nem sequer para os meus filhos. e foi a percepção desta realidade nua e crua que me fez parar e pensar. tentar perceber o que se passa.
os últimos três anos da minha vida viraram-na de cabeça para o ar: em 2005 nasceu o diogo, em 2006 a sara e em 2007 perdi o meu pai. e este ano parei, absorvi tudo e derrapei. e sinto-me literalmente num estado de ressaca emocional. e não tenho sabido lidar nem com o cansaço, nem com a tristeza, nem com este vazio que me parece querer apanhar de vez em quando.
e tornei-me, sem qualquer dúvida, numa pior mãe. uma mãe sem paciência quer para as coisas más quer para as coisas boas. as birras, as conquistas, as noites mal dormidas, os medos do diogo...tudo levado sem paciência, sem alegria, sem entusiasmo. e eles merecem mais. e eu mereço mais. e sabendo que aquilo que eles são reflecte, também, aquilo que lhes passamos, pergunto-me se esta fase meio parva do diogo não será, também (mas não só), uma chamada de atenção.
e por isso a importância extrema que estou a dar a esta semana que vem sem eles. a primeira sem eles. porque me vai servir para descansar (muito!) mas também para reflectir e para procurar armas que me permitam sair deste estado e levar as coisas de outra maneira. para gozar a minha vida.
por eu tenho tudo para ser feliz. e neste momento não sou.