quarta-feira, dezembro 08, 2004

considerandos...


estou a entrar em crise com a possibilidade de, para o ano, recomeçar a saga do rendimento mínimo garantido (agora, rendimento social de inserção), agora com a agravante de estar a intervir no meio do bairro social em que terei que fazer o acompanhamento dos processos...

ontem tive um cheirinho do que me pode esperar e "matei saudades" de todos os podres desta medida (que eu apoio noutros moldes, fique claro): passei o dia com a colega da segurança social a atender os beneficiários de rsi do bairro onde trabalho...a ideia era rever os programas de inserção e perceber as mudanças já operadas na vida das pessoas....

pois...

o rsi tem muitas qualidades...mas apenas quando as pessoas percebem efectivamente a sua natureza e querem, efectivamente, mudar as suas vidas...caso contrário, é apenas mais um móbil da subsídio-dependência que eu tanto condeno...


para além de que sei que a colega da segurança social não tem mãos a medir e que, como tal, há famílias a receber a prestação há imenso tempo sem qualquer tipo de intervenção de fundo; o que significa que se/quando eu pegar nos processos vai ser uma razia de cancelamentos e uma mão cheia de gente com confusões e ameaças à minha porta...


por tudo isto cada vez mais me pergunto...valerá a pena deixar de acompanhar o 1º ano de vida do meu filho e entregá-lo com 6 meses a uma creche??

6 comentários:

ni disse...

Percebo-te mesmo mt bem... este é um assunto que dá pano para mangas... :o(
Mas o essencial é que aqui em casa estamos todos contigo e confiamos na tua decisão!
Beijinhos e abraços dos 3
Lia, Heitor e Íris
(e mais os dois gatitos...)
;o)

Anónimo disse...

Inês querida, entendo a tua angústia. Tenta não pensar muito nisso agora, quando tiveres o teu feijãozinho contigo tudo vai parecer mais brilhante. Dizem que passamos a relativizar mais os problemas, espero que sim, mereces isso pois a área onde trabalhas deve mostrar-te muita tristeza. Beijo grande, mamã lindona. Carla (Papoila)

Princesas Ervilhinhas disse...

Olá Ines... Realmente é dificil! Prescindir de estar com o nosso filho, quando o emprego só nos dá chatices e poucos ou nenhuns beneficios!!! Desejo-te muita força para a tua decisão... mas eu acho que optava pelo meu filho (se do ponto de vista financeiro fosse possivel).

Carla

Anónimo disse...

Esse é um assunto muito sério que tem de ser refletido com calma (e a três). Mas, se tiveres condições económicas para ficares com o teu filho, pelo menos até um ano, no meu ponto de vista, é o melhor. Essa decisão envolve tantas coisas, não é?
Uma beijoca Ana
xapinha.blogs.sapo.pt

JoaoN disse...

Short answer: Sim, fica em casa com o Diogo Xavier João! :-D

Long answer: Pensa também no lado financeiro da coisa; e lembra-te que um dia vais mesmo ter que voltar para a chafurdeira do trabalho diário... :-(

Margarida Atheling disse...

Parece sempre fácil dar conselhos.
Se fosse só uma questão de decidir entre esse trabalho "bicudo" e ficares o primeiro ano com o teu filho a resposta saltava fácilmente: fica com ele!
Mas há a questão financeira, não é? É um assunto para decidires com calma com o teu maridinho. Mas que o ErvilhO ia gostar de ter a mãe sempre com ele... nós sabemos que ia!
Bjs