o ano passado por esta altura, às turras com a roupa que teimava em não se deixar vestir, perguntava aos meus botões se este ano já me serviria.
no inverno fui emagrecendo com ajuda da amamentação mas sem grandes preocupações. a roupa quente servia-me e isso é que importava.
entretanto a balança foi descendo nos dígitos à proporção das minhas visitas ao hospital. pela primeira vez na minha vida perdi o apetite e passei a comer apenas em função na necessidade de me ir mantendo alimentada. pela primeira vez na minha vida comi, durante semanas, sem qualquer prazer. pela primeira vez na minha vida forcei-me, literalmente, a comer.
os comentários foram chegando. uns preocupados, outros distraídos. despreocupei os primeiros uma vez que a balança está mais ou menos onde, segundo os médicos, deveria estar e não me dei ao trabalho de me explicar aos segundos.
por estes dias já como melhor. não com o prazer de há uns meses atrás mas já consigo meter cá para dentro mais do que umas gramas de qualquer coisa. a falta de apetite acabou, a tristeza é que não.
uma amiga, sábia nestas coisas, disse não invejar a minha magreza. e ela tem razão. magreza por tristeza não deve ser invejada.
o calor chegou e a roupa não me serve. cai-me por todos os lados.
no inverno fui emagrecendo com ajuda da amamentação mas sem grandes preocupações. a roupa quente servia-me e isso é que importava.
entretanto a balança foi descendo nos dígitos à proporção das minhas visitas ao hospital. pela primeira vez na minha vida perdi o apetite e passei a comer apenas em função na necessidade de me ir mantendo alimentada. pela primeira vez na minha vida comi, durante semanas, sem qualquer prazer. pela primeira vez na minha vida forcei-me, literalmente, a comer.
os comentários foram chegando. uns preocupados, outros distraídos. despreocupei os primeiros uma vez que a balança está mais ou menos onde, segundo os médicos, deveria estar e não me dei ao trabalho de me explicar aos segundos.
por estes dias já como melhor. não com o prazer de há uns meses atrás mas já consigo meter cá para dentro mais do que umas gramas de qualquer coisa. a falta de apetite acabou, a tristeza é que não.
uma amiga, sábia nestas coisas, disse não invejar a minha magreza. e ela tem razão. magreza por tristeza não deve ser invejada.
o calor chegou e a roupa não me serve. cai-me por todos os lados.