segunda-feira, fevereiro 12, 2007

SIM


vamos, então, arregaçar as mangas e começar a verdadeira luta!

(acho uma vergonha o nº de abstenções. temos ainda tanto para crescer...)

43 comentários:

Ana F. disse...

Verdadeira luta? Para quê?

florbola disse...

?

InêsN disse...

uma lei não muda a realidade de um país...

são as pessoas que o fazem.

Dijambura disse...

Para quê??? PARA QUE A LEI MUDE O MAIS RÁPIDO POSSIVEL...os resultados não foram vinculativos!A AR tem que legitimar esta lei e têm que ser dados passos no apoio às mulheres e ao seu acompanhamento efectivo no caso de opção pela IVG... há muita luta pela frente!

anne disse...

eu escrevi mais ou menos a mesma coisa, agora é que vai começar o verdadeiro trabalho

Ana e Simão disse...

pois é, a luta vai começar agora e ainda bem que nos deram essa oportunidade, tb eu fiquei super desapontada com a % de abstenções ... em fim um país que ainda tem muito, mas muito trabalho para deixar de ser um país medieval.

Anónimo disse...

Será que ainda ninguém se deu conta do aproveitamento político que se fez deste tema? Aquilo a que se assistiu ontem foi a uma vitória da esquerda (mais uma vez) em Portugal. Não percebo que uma pessoa como a Inês, que teve o segundo filho em condições financeiras complicadas (como a própria já afirmou) possa estar de acordo com um sistema que arranja meios económicos para financiar a prática de uma intervenção cirúrgica que se chama aborto nos hospitais públicos e que, ao contrário, em nada investe nas mulheres que, mesmo em situações financeiras complicadas decidem ter mais um filho (porque querem, porque amam tanto os seus filhos ao ponto de lutar contra tudo e contra tudo para os ter). Inês, sugiro que canalize a sua vontade de lutar em acções pela Vida e não pela morte ... Maria João

InêsN disse...

Maria João, sempre trabalhei em prole da vida, não será agora que mudarei de atitude...

florbola disse...

O que me faz realmente confusão é os partidos políticos terem-se metido nisto!!! O que é que uma coisa tem a haver com a outra???? O REFERENDO foi ao aborto e cada pessoa pensa por SI.
E quando anunciaram às 20.00 horas a possível vitória do SIM para que foi aquela festa toda???? Sinceramnete achei exagerado!!!
Bj.

Mar disse...

Investir dinheiro no aborto legal, seguro, com apoio, aconselhamento e planeamento familiar posterior não é, na opinião de quem votou sim, um desperdício nem um investimento na morte. É um investimento na vida, das mães, das crianças. Compreendo que não se concorde com esta visão, mas é a nossa, e, quando trabalhamos neste sentido, pensamos que estamos a trabalhar pela vida.
Investir na maternidade e paternidade, com mais apoios, mais creches e escolas públicas, mais tudo, não é incompatível com a despenalização do aborto. Há uma série de opções erradas com o investimento público neste país. Podemos começar a mudá-las JÁ.

A festa foi a festa de quem trabalhou muito para este resultado e acha que ele inicia o caminho para um país mais tolerante, mais igual e mais justo. Concorde-se ou não, foi assim. Não houve buzinas na rua, não houve as celebrações habituais, mas houve alegria no anúncio dos resultados. É natural.

Inês: deixa lá a abstenção. Quem deixa o seu destino em mãos alheias não merece a democracia em que vive, nem a nossa preocupação. Não merece sequer comentários. Merece apenas o que faz aos problemas que são de todos: ser ignorado.

Cláudia disse...

Inês, amiga, há abstenção e abstenção. Parte dela pode não ser por apatia, mas antes por opção convicta, por razões objectivas (ou mesmo subjectivas... em qualquer dos casos também são válidas as razões subjectivas). E essa convicção não há sondagem nenhuma que meça.
(confesso, tinha saudades de escrever aqui e aproveitei... beijinhos de saudade)

Anónimo disse...

Eu não votei e não tenho vergonha nenhuma de o admitir. Muitas vezes perguntei a pessoas "então vais votar em quê?" e a resposta era "Vou votar no PS". Mas o que é isto? Não votei porque simplesmente não concordo que esse assunto tenha sido inserido em questões politicas. E estou no meu direito de opinar, portanto não me envergonho de nada!

Anónimo disse...

Sinceramente, vergonha deve ter quem depois dos resultados, abanou a bandeira. Sinceramente, isto não é assunto de se abanar a bandeira. É sério demais. Isto não é mau perder, até porque se eu votasse, seria no sim, simplesmente discordo totalmente com a maneira como decidiram isto.

Mar disse...

Eu até percebo (e concordo) que se ache que este assunto não deveria ter sido referendado e que muitas pessoas foram votar para responder a coisas diferentes do que foi perguntado. Mas então pergunto (e é uma pergunta sincera, não retórica): porque não ir lá, cumprir o dever cívico e votar em branco?

Anónimo disse...

olha eu n votei pq até ao dia n me decidi. e achei um assunto serio demais para votar "à sorte".. então optei por n votar.

anne disse...

numa coisa concordo com a Carla, tb achei a festa demasiado "festiva". eu fiquei feliz pos ter ganho o Sim, mas tb penso que não é assunto para se andar a festejar.

Mar: o meu marido não votou. Diz que não tem opinião formada sobre o assunto, que se sente confuso, que não concorda com a livre opção de abortar mas tb não concorda com a penalização e toda a exposição que se forma á volta das pessoas que são julgadas por isso, então decidiu que não iria fazer 30 km para votar em branco. Da mesma maneira que entendeu a minha convicção em votar eu entendi a sua em não votar.

InêsN disse...

votar em branco é uma coisa. acaba por ser também o tomar de uma posição (quantas e quantas vezes não votei eu já em branco)...

não ir votar é simplesmente dizer "decidam por mim que tanto me faz"!

por isso me sentir tão mal com os níveis de abstenção.

Morena disse...

Tens toda a razão amiga. Agora é que vai começar tudo...
Hoje ouvia que o pessoal do Não (e desculpem-me a generalização que aqui faço) acha que deve ser entregue às mulheres que têm o filho o mesmo valor que é gasto em caso de aborto. Discordo comlpetamente! Devem ser dadas é condições dignas às pessoas, devem ser criadas creches com mensalidades que todos posam pagar (ou gratuitas mesmo!), dve haver pediatras para acompanhar as crianças nos centros de saúde (em vez de termos de pagar 70€ por consulta no privado)... há tanta coisa por fazer e parece que muita gente resume tudo ao dinheiro que se vai gastar para fazer as IVG's...
Beijinho grande

Morena disse...

E da abstenção... mais uma vez concordo ctg Inês, votar em branco é uma coisa, nem lá pôr os pés é outra completamente diferente!



E outra coisa, a pergunta era se concorda com a despenalização voluntária da gravidez... não era se é a favor do aborto!

Anónimo disse...

Carla: creio que percebeu a minha mensagem. O aproveitamento político da situação é, de facto, vergonhoso. Como também é vergonhosa toda e qualquer "celebração" à volta da "vitória eleitoral". Por aqui se mede a irresponsabilidade das pessoas que não hesitam em comemorar o facto de deixar de ser crime a morte voluntária de bébés que crescem dentro das mães como forma de resolver os supostos problemas (quais? todos ...) dessas mesmas mães. E já agora: os defensores do sim, o que terão a dizer em relação às notícias de hoje que dão como certa a abertura da clinica dos arcos já em Março? Ou a clínica do Bosque? Acaso também estarão de acordo com todo este enriquecimento gerado pelo facto de a IVG passar a ser considerada como um método contraceptivo. Desculpem mas este "dia seguinte" está a ser muito difícil de digerir ... Maria João

Anónimo disse...

Prefiro que a clínica abra e que as mulheres possam abortar em segurança do que usar um pau de oliveira ou uma bomba de ar no vão de escada, não acha Maria João?

Anónimo disse...

Já agora,

Acaso não acha irresponsável que morram mulheres em condições terríveis por abortar em vão de escadas? Não seria melhor abortar num local aprovado e com todas as condições de segurança?

E acha mesmo que o aborto se vai tornar um método contraceptivo? Diz isso porque nunca abortou!

Anónimo disse...

Para a anónima sem nome: não sei de onde, das minhas palavras, retira a conclusão de que eu nunca abortei. E já agora: abortar em segurança? Se calhar, essas mulheres, devem preocupar-se em fazer outras coisas em segurança. É para isso mesmo que existem métodos contraceptivos. Maria João

Anónimo disse...

Não existe é nenhum método contraceptivo seguro sabia? Felizmente ganhou o sim e está desmascarada a campanha porca do Não...deviam estar é caldinhas...sabem porquê?? até porque ocês continuam a ganhar...não querem optar pela IVG não optem, ninguém vos obriga! Mas quem quer recorrer à IVG em principio poderá fazê-lo em liberdade e em consciência e dentro em breve! Que detentoras da moral e da liberdade alheia e não se calam...livra já não chega?

Ana F. disse...

Inês, viste o comentário da Catarina (mesmo anterior ao meu)? Eu sei que o que se pretende é reduzir o número de abortos, tendo, para o efeito, um técnico para aconselhamento prévio no sentido de levar a grávida repensar a decisão em abortar, não é assim?
Como abordar alguém como a Catarina, que vê na Lei a total liberdade em dispôr do seu corpo, tipo "na minha barriga mando eu"? Conseguirão os técnicos reverter esta mentalidade? Lembra-te: os que votaram "sim" disseram-se contra o aborto. E isso implica afirmar que o aborto é um mal, não um direito legítimo.
É isso - a redução, de facto, do nº de abortos - que vos irá ser cobrado.

Anónimo disse...

Votei no sim, muito timidamente. Ainda estive uns bons segundos a olhar para o NÃO... mas lá "deslizei" para o SIM. No entanto, não estou super contente e cheia de esperanças que tudo vá correr lindamente. Penso que o post da Inês disse tudo, agora é preciso ir à luta. A despenalização está garantida, e a liberalização idem. Mas para mim não basta. Não basta abrirem clinicas para a mulher abortar, é preciso muito, muito mais! Por isso, prefiro calar-me por enquanto, e não deitar foguetes antes da festa.
Na verdade, tenho de ver para crer.
Prefiro esperar, para ver, e então aí, vou dizer "ainda bem que votei sim" e vou festejar... mas sem bandeiras!

N.

Ana e Simão disse...

E desde quando o referendo não é uma questão politica?
O referendo pode não ser uma questão partidária, mas politica é com toda a certeza ou não estivesse implicada a alteração de uma lei, e ainda assim todos os partidos tem o legitimo direito a exprimir a sua opinião e preferência.

Quanto aos festejos do SIM ...
Também eles foram legítimos e para mim nada exagerados. Também eu festejei e de uma forma tão emotiva que me escaparam várias lágrimas.

Quando não temos opinião formada?
Votamos em BRANCO, é essa a forma de nos exprimirmos, somos ou não somos cidadãos. Se não tivéssemos a oportunidade de opinar era porque não a tínhamos, assim tivemos e 57% dos portugueses não a aproveitaram. Como diz a Inês, estes 57% ainda têm muito mas mesmo muito que crescer.

Por estas e por outras sou da opinião que este assunto não deveria ter ido a referendo, tinha-se mudado a lei e pronto poupava-se milhões.

Anónimo disse...

Nao tenho feito nenhuns comentarios sobre este assunto pois...enfim, sinto uma irritacao tremenda cada vez que leio alguns comentarios... As vezes Ines nao sei como tens paciencia....os comentarios da Maria Joao entao....Fui-me embora de Portugal ha 8 anos e as vezes custa-me ver que Portugal parece ainda estar parado no tempo. Custa-me ainda mais que eu tomo como garantia a liberdade que tenho onde vivo. Como e que e possivel se quer se fazer um referendo sobre este assunto, quando ja deveria ser lei a despenalizacao do aborto?????? Inglaterra tem o maior numero de gravidas adolescentes na Europa e no entanto o aborto e legal. Sera que as pessoas nao veem que la por ser legal nao se torna uma decisao facil e lugar comum para as mulheres? Ha imensas razoes pelas quais as mulheres ecolhem abortar e nao nos cabe a nos julgar. Eu poderia dar muitos exemplos, como uma senhora que conheci que quando tinha 55 anos, estando na menopausa, engravidou. Ja com filhos adultos e netos, ela nao achou que tinha a capacidade de criar outro filhos. Abortou. Dez anos mais tarde ainda sentia tristeza por essa decisao mesmo sabendo certa. Morreu de cancro ha uns meses...essa crianca teria agora 10 anos. Mas enfim....ha milhentos casos e nem vale apena ir por ai. Agora ha trabalhar na educacao sexual, ha que melhorar servicos e infra-estruturas, etc, etc! Ana

Patrícia disse...

Uffaa... Ainda bem que o Socrates resolveu tirar como conclusão a vitoria do SIM e levar o assunto à AR.

Portugal não vai mudar nunca e se queres que te diga, 57% de abstenção, para a nossa mentalidade, nem achei muito! :-)

Será que a Maria João sabe qual era a tua profissao, antes de ser mãe?
Se mais houvessem pessoas como tu, mais evoluia o nosso pais!

Bjinho

Ana e Simão disse...

oh Inesocas !!!! e que orgulho tenho em ser alentejana !!! só no nosso distrito foram 84% SIM ...

jokinha

HOPE disse...

Tens toda a razão Inês. A verdadeira luta começa agora. É urgente educar, é urgente criar condições para que se possa verdadeiramente optar, é urgente trabalhar para tornar realidade os pilares da nossa ainda tão jovem democracia. A abstenção? Realmente não entendo com há quem deixe certas decisões nas mãos dos outros! É porque tanto lhes faz?? Causa-me urticária!!!

Anónimo disse...

Votar é um dever, não é uma obrigação... Isso é no Brasil, quem não vota, paga multa.
Eu não votei, porque não concordei nem um pouco, com este referendo. Vou participar numa coisa que não concordo? Não, peço desculpa, mas não. Se participasse votava em branco. Não houve para mim, argumentos suficientemente convicentes nem de um lado, nem do outro, para me decidir.
Não tive pachorra para a histeria de algumas pessoas quer do NÃO quer do SIM. Não suportei os argumentos sem nexo, falsos e simplistas do Sim. Não suportei os argumentos moralistas e lamechas do NÃO. Não suportei a partidarização do tema e a tentativa de categorizar ideologicamente as opiniões. A minha avó e duas tias, não votaram pelo simples facto de, as suas ideias não serem as mesmas que a do seu partido politico. Não suportei a tentativa de menorizar ou descartar a opinião do homem por se tratar, supostamente, de um tema que só à mulher diz respeito, só porque o homem teve o azar de não poder engravidar, e posteriormente, darem então mais importância à barriga da mulher, que é dela, e nela manda ela, do que à palavra "filho" que só existe por consequência da palavra "mãe" e "pai", sem este último, nenhuma mulher engravida, mas no que diz respeito a abortar, o "pai" que vá dar uma curva que não tem nada a ver. O meu marido ainda me disse, que se eu engravidasse e quisesse abortar, que ele não ia concordar, e por isso, não ia de todo gostar que eu o pudesse fazer sem o seu consentimento. E eu entendo-o, perfeitamente. O tema é demasiado complexo, sério, para ser referendado, muito menos para ser referendado e festejado. Não fui, por isso, votar.
Foi feita uma sondagem que revela os motivos pelo qual muitos portugueses não foram votar, sendo a grande maioria por motivos pessoais (tal como o meu), de indecisão, ou de falta de acesso ou longe do local de voto.
A abstenção é má. Mas não devem, de todo, julgar quem opta por isso, porque os motivos que levam alguém a não votar, só ao próprio dizem respeito. É claro que muita gente não foi só porque estava a chover! É claro que muita gente não foi porque não apeteceu!
Ainda assim, muita gente não foi por motivos perfeitamente aceitáveis, que ninguém tem o direito de julgar.
A abstenção, é só a prova de como um assunto destes, não deve ir a referendo. Nada mais.

Dina

Alice disse...

Xiii... mas isto ainda se discute? :) (no meu blog, perdi a paciência!)
Olha eu subscrevo apenas aquilo que disseste, apesar de ter votado NÃO. Muita luta é preciso agora, e insiro-me no clube dos que querem "ver para crer".
O resultado não me deixou triste. Mas os festejos que fizeram sim, deixaram-me com uma sensação estranha... tipo, "mas isto festeja-se?"
Quanto à abstenção, já calculava. Quando acordei e vi o tempo, pensei logo "lá vai ganhar a abstenção de novo!"... enfim, cada um é que sabe, só que depois não pode falar muito...
Beijinhos

Anónimo disse...

Há quem fale muito do papel do pai, que na nova lei não é tido nem achado, de certo que não é o ideal, mas é o possível. E onde cabia o pai na anterior situação? Era só a mãe que era exposta, que tinha a sua vida investigada, que teria de ir a tribunal.
Não há soluções milagrosas, como diz a Inês há ainda muito trabalho a ser feito.
Acredito, sinceramente, que tanto a maioria dos votantes do Sim como a do Não, pensaram que a sua opção seria o melhor caminho para reduzir o nº de abortos.

Carla (caalex)

Jolie disse...

Espero que quem de direito arregace mesmo as mangas.

Estou tranquilamente à espera de ver as coisas a avançarem.

Cláudia disse...

(sem querer alimentar mais o assunto, aqui deixo mais uma nota sobre a abstenção. sei perfeitamente que não era esse o teu objectivo. além disso, a opção da maioria dos portugueses - sim, porque o número final de SIMs é superior em 30 mil votos ao do número máximo de abstenções que tornariam o referendo vinculativo)

Neste tipo de chamada às urnas (não podemos comparar com taxas de abstenção de legislativas ou semelhantes), a taxa de abstenção foi a mais baixa. Mais ainda porque sabemos todos qual o "valor" do voto em branco...

Olha, e estou como a Costinhas: aguardemos e esperemos resultados.

Beijo (com mimo).

Cláudia disse...

(corrijo: a da regionalização foi inferior. e com esta me calo)

Unknown disse...

Mas porque é que há sempre anónimos que nem o nome deixam???
Não querem ser responsáveis pelo que dizem?
Beijocas

Mil Coisas disse...

Eu votei sim, em conciência e com a esperança de que agora nos seja possível mudar algo.

Beijocas,
Rute e André

Anónimo disse...

Olá Inês,
É a primeira vez que comento e deixe-me dizer-lhe que tem uma filha linda!
Apesar de ser um momento político, a meu ver, quem está no Governo nem precisava do Sim do Referendo, porque se fossem a votos, estariam em maioria…com o pcp e o be. Mas seria um choque, por isso, foi bom pensar(mos) sobre isto. E é um sinal inequívoco que para além daqueles que “não querem saber”, ou que fazem resistência por greves, ou que estão acamados, ou que não concordam com o referendo, a vontade dos que querem saber é a da mudança.
A verdadeira luta começa também por nós, quando tratamos bem o nosso semelhante, quando não o desprezamos ou fazemo-lo sentir moralmente inferior, quando se criam estruturas políticas e de intervenção primária e secundária que são também elas extensíveis a nós, à nossa predisposição, numa coisa tão simples que é ajudar quem precisa de ajuda, basta isso, e sem perdas de tempo.

Mar disse...

Votar não é uma obrigação jurídica, mas é uma obrigação moral. Há gente que morreu para podermos votar. Que foi torturada, presa, que teve as vidas destroçadas. Ofereceram-nos a democracia sem pedir nada em troca, mas não foi para ficarmos em casa porque não conseguimos decidir.

Percebo as dúvidas e as irritações quanto ao tema. Percebo que imprevistos acontecem e, às vezes, não se pode mesmo ir. Mas não percebo que não se vote porque não se conseguiu decidir (o branco está lá para isso) ou por causa dos políticos (o referendo é precisamente para nós decidirmos em vez dos políticos).

Ó Inês, desculpa, mas isto tira-me do sério... :)

InêsN disse...

não tens que pedir desculpa...

a minha indignação é a mesma que a tua (daí o ter registado no post)!

Ana e Simão disse...

e pensar que os nossos antepassados sofreram tanto e lutaram tanto por o direito ao voto ...
que desperdicio;
que falta de respeito pelos nossos antepassados;
que VERGONHA !!!

desculpa inês este já é o meu 3º comentário, mas a irritação é grande :(