no nosso último dia a 3, tinha que escrever sobre o assunto: os 1ºs meses da sara foram MUITO difíceis...para mim, para o pai, para ela e para o diogo. foram meses em que testei a minha paciência e a minha resistência física e mental. foram meses em que, mesmo que quase sempre acompanhada, me senti sózinha, incompreendida, baralhada.
porque toda a gente tinha um palpite, toda a gente tinha a solução para os momentos em que estavamos os 3 sózinhos.
mas era eu que passava por eles. era eu que, todos os dias, das 18 às 19h, aguentava um miúdo que ainda não andava, que já estava com a birra de fim do dia e uma miúda que chorava o dia inteiro e que atingia o auge da birra ao final da tarde...era eu que, quando saía sózinha (e tentava que isso acontecesse todos os dias), não parava de pensar na miúda que ficava a chorar e no tempo que estava a perder com o diogo. era eu que tinha nas mãos dois miúdos com 11 meses e meio de diferença entre eles.
recebi telefonemas e mails que, se por um lado me aconchegavam, por outro - confesso - me faziam questionar se era eu que, realmente, não estava a conseguir dar conta do recado ou se eram os outros que não entendiam o que estava a passar.
adorava receber gente em casa porque, para além de ter companhia, sentia-me, finalmente, compreendida. porque aqui as pessoas entendiam que eu não estava a exagerar, que a sara era mesmo muito difícil.
não vou esquecer nunca aqueles finais de tarde. com a sara a chorar nos meus braços e o diogo a chorar, agarrado às minhas pernas. e eu a chorar. para dentro ou, tantas vezes, para fora.
não vou esquecer a quantidade de bolachas que o diogo comeu naqueles fins de tarde (única maneira de o manter quieto e bem disposto) e os kms que eu fiz com a sara, de um lado para o outro, ora no carrinho, ora ao colo.
não vou esquecer. e hoje relembro-o de sorriso nos lábios (algo que julgava impossível há uns meses atrás).
ps - hoje passamos dias inteiros os 3. dias cansativos mas felizes. dias em que nos aproximamos mais e mais. dias em que, principalmente, eles se aproximam um do outro. e eu, hoje, sou feliz!
porque toda a gente tinha um palpite, toda a gente tinha a solução para os momentos em que estavamos os 3 sózinhos.
mas era eu que passava por eles. era eu que, todos os dias, das 18 às 19h, aguentava um miúdo que ainda não andava, que já estava com a birra de fim do dia e uma miúda que chorava o dia inteiro e que atingia o auge da birra ao final da tarde...era eu que, quando saía sózinha (e tentava que isso acontecesse todos os dias), não parava de pensar na miúda que ficava a chorar e no tempo que estava a perder com o diogo. era eu que tinha nas mãos dois miúdos com 11 meses e meio de diferença entre eles.
recebi telefonemas e mails que, se por um lado me aconchegavam, por outro - confesso - me faziam questionar se era eu que, realmente, não estava a conseguir dar conta do recado ou se eram os outros que não entendiam o que estava a passar.
adorava receber gente em casa porque, para além de ter companhia, sentia-me, finalmente, compreendida. porque aqui as pessoas entendiam que eu não estava a exagerar, que a sara era mesmo muito difícil.
não vou esquecer nunca aqueles finais de tarde. com a sara a chorar nos meus braços e o diogo a chorar, agarrado às minhas pernas. e eu a chorar. para dentro ou, tantas vezes, para fora.
não vou esquecer a quantidade de bolachas que o diogo comeu naqueles fins de tarde (única maneira de o manter quieto e bem disposto) e os kms que eu fiz com a sara, de um lado para o outro, ora no carrinho, ora ao colo.
não vou esquecer. e hoje relembro-o de sorriso nos lábios (algo que julgava impossível há uns meses atrás).
ps - hoje passamos dias inteiros os 3. dias cansativos mas felizes. dias em que nos aproximamos mais e mais. dias em que, principalmente, eles se aproximam um do outro. e eu, hoje, sou feliz!
24 comentários:
Entendo-te, entendo-te muito bem (acho). E não tenho os meus com 11 meses de diferença, têm 15 meses a separá-los. E não tenho um bebé difícil, tenho(e espero continuar a ter) um bebé calmo e bem-humorado...Mas, entendo-te. tão bem!
Beijinhos
ps - Boa sorte para a entrada do Diogo na escolinha :)
É óbvio que eu não entendo, no sentido em que não passei por isso... mas fico tão feliz ao ler estas palavras, ao sentir que a fase menos boa está ultrapassada :) Tens dois filhos que são dois amores. Parabéns!
Não deve ser mesmo nada fácil...
Mas já passou, não é?
Foi uma fase...agora é sempre a melhorar.
Vamos a ver como me saio eu...(e mais uma vez como já disseram os meus vão ter 22 meses de diferença, não 11...)
Beijocas
Ainda bem que "depois da tempestade vem a bonança"
Foste muito forte - Parabéns por isso.
Olá Inês !
Acredita no que te vou dizer: Eu entendo-te a 100% !
Pois tal como tu tenho 2 bebes com diferenca de 12 meses...
Não tem sido fácil, eu estou em casa desde que a Carolina nasceu e entretanto continuei... fico com os 2 sozinha, trato deles, da casa, da roupa, da comida, das compras e ainda estudo á noite, esta e a altura do dia em que estou sozinha!
Tenho dias que parece que vou dar em maluca,e o meu unico desejo é que o maridão chegue para me ajudar!
Por isso! Força amiga, estou contigo!
Bj
Rute
Amiga revejo-me em ti sinceramente podia ter sido eu a escrever essas palavras, o meu coração pula no peito que parece que revivo aqueles dias interminaveis .Sabes , tambem sentia essa necessidade de provar que ele era mesmo chorão que eu não dormia que eu propria tambem chorava muito, que a minha vida não era o mar de rosas que dava a entender, muitas vezes duvidei de mim e das minhas escolhas mas sabes esse tempo agora parece-me tão longinquo e valeu cada fim de tarde cada noite sem dormir porque eu sem ele não vivo.Foi duro e em certos dias perigosamnete insuportável mas sabes que mais ?já passou e eu fiz o melhor que pude.Amiga esse tempo fez de mim o que só hoje :forte!!!!bjs
Minha qerida:
não tenho filhos, e bem sei que isso para vocês mães, faz com que nós não mães não percebamos nada do assunto. Mas eu percebo o que vi quando olhei a manchinha branca do Diogo na maternidade, aquilo ali era um guerreiro, e bem disposto ainda por cima, por isso também tenho certeza de que amanhã vai ser o primeiro dia das vossas vidas, como foi no dia em que ele nasceu. Vai valer a pena deixar ir e ver crescer, para daqui a uns anos o vermos ter amigos como nós somos!
Beijinho
Marta B.
Eu não posso dizer que te compreendo, porque só o deve dizer, quem passa por algo semelhante. Mas posso dizer que te admiro imenso. Daquilo que leio no teu blog, e da experiencia que tenho de ter sido mae, mal posso imaginar o teu desespero. As vezes, nos meus momentos de mae mais complicados, dou por mim a pensar e a lembrar-me de ti : "Fogo, como é que "aquela" aguenta isto e muito mais..?!" Fico maluca só de pensar!
Parabéns pela mulher que tens sido e pela SUPER mãe que foste e continuas a ser!
Eu sabia que este dia ia chegar: o dia em que te ias sentir MESMO feliz!
Passei pelo mesmo, como sabes (mas acho que a minha 'fase má'começou quando a Matilde tinha uns 4/6 meses, portanto quando a tua está a passar)... é muito dificil e eu acabei por sentir que estava a falhar enquanto mãe, que não estava a conseguir gerir as coisas como devia (com calma, tranquilidade)... Mas também chegou o dia em que senti plenamente feliz!
Parabéns pela vitória! És uma mulher com M grande-grande-grande!
Bjs
feliz contigo.
MESMO.
e muito
muito
orgulhosa.
@-,-'-
Inês, acompanhei esses primeiros meses com um nó na garganta, por perceber que devia ser mesmo muito complicado. Nunca disse nada, mas a verdade é que te admiro.
Hoje fico mesmo feliz por ler este post, mesmo, mesmo.
Que continuem muito felizes!
Beijinhos,
Sara
acompanho-vos, sem comentar, desde que soubeste que estavas gravida da Sara. Fiz parte da minha gravidez contigo (ao mesmo tempo, entenda-se) e fui tentanto aprender com as tuas, e de outras mães, experiencias.
enquanto de leio revejo-me, mas com uma diferença: eu só tenho 1! E não imagino o que foi a tua vida...
Só me ocorrem 2 palavras: grande mulher!
xxx
A
que bom, Inês! que bom, que bom!!
Ultra orgulhosa e de sorriso enorme nos lábios! Felizes por e com vocês!
Não tenho a mais pequena noção do que falas mas acredito que deve ser muito difícil e muito frustante esses primeiros tempos.
Mas...já passou, tu estás feliz e eles também, nota-se à distância.
Beijocas
Muito feliz, contigo e por vocês...
Que bom é finalmente os tempos conturbados estarem a passar.
Beijos incríveis
abraço apertado!
E muitas vezes, deste lado, eu torci por ti!
acredita.
Muitas vezes quis te deixar palavras de amizade cheia de conforto, e esbarrei-me com o facto de´não poder comentar...
Obrigada por me deixares comentar!!
:)
Jinhos grandes
Amanhã faz 2 anos, o meu filho mais novo, e este nasceu e foi rotulado, não só por mim mas por médicos, como chorão.
Acredita que sei o que é viver no limite, na exaustão!
...
Quis tantas vezes partilhar os meus medos, e os truques que tive que aprender sózinha... mas não podia, agora já posso!
E fico muito feliz por ver que a tua filhota linda está a ser mais fácil de criar!
Jinhos
Fico feliz por ti, por saber que estás a conseguir superar e com sucesso a dificil e ardua tarefa de criar dois filhotes tão pequenos.
A harmonia está a chegar ao teu lar e que venha para ficar.
Um beijo enorme .
Sorriso muito grande! Ler a tua felicidade fez-me recordar a minha quando ultrapassei os primeiros meses da Inês. Que bom! Happy for you!
bjs
Que bom, como se diz depois da tempestade vem a bonança. Que continue assim.
Penso que qualquer mãe tem por vezes momentos em que só apetece lançar as criaturinhas pela janela fora! Eu tive os meus momentos, embora ter gémeos não se compare com ter dois bebés de idades aproximadas. E a minha mais velhinha já tinha 5 anos. A minha Sara gémea (que comentou aí acima) também era muito chorona. Será das Saras?
Inês, não nos conhecemos pessoalmente e a net tem destas coisas...conheço mais de si e da sua família do que a Inês de mim. Entrei por acaso no seu blog há já algum tempo e tenho acompanhado
a "difícil arte de ser mãe". Eu tb sou mãe de uma menina de seis anos e como me revi em alguns dos seus posts... Ser mãe é uma aprendizagem diária e por vezes mto dura. Eu fiquei em casa com a minha filha até ela ter três anos, altura em que foi para o infantário. Foi bom tanto para ela como para mim porque ser mãe 24 sobre 24 horas e sete dias por semana não é fácil. Verá que fará bem quer ao Diogo quer a si ele ir para a escolinha, embora custe muito esta separação....é que por vezes as separações trazem benefícios o que me parece que acontecerá no vosso caso.
Desculpe este "testamento" que já era para ter sido escrito há mais tempo e não foi.
Muitas felicidades para toda a sua família.
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